As viagens que inspiram a Balangá

 

O projeto da Balangá, de curadoria e garimpo de peças feitas à mão em lugares remotos no Brasil e no mundo, nasce das viagens e aventuras por lugares lindos e especiais com minha sócia e melhor amiga: minha mãe.
Inspiradas pela ideia de “escaparmos” um pouco da rotina do dia a dia, com seus muitos horários e do quase sempre igual, vez ou outra inventamos uma viagem para o litoral e interiores, em busca de artesanato, arte, craft, boas amizades e conversas, novos conhecimentos, repertórios, culturas, culinárias e modos de viver.
E nesses “escapismos” que tanto amamos, aproveitamos o tempo de qualidade juntas e as nossas próprias conversas - aquelas que tantas vezes ficam esquecidas ou deixadas para depois diante da dedicação ao filho, ao neto, aos novos projetos profissionais, espirituais... enfim, a toda aquela lista de prioridades.
Decidido o destino e como chegar, seja por estrada ou de avião, já começamos a pesquisa: primeiro, em livros, revistas e outras ferramentas modernas; depois, no próprio local, explorando bairros, ruas de arte, ateliês e cantinhos que adoramos.
E então surgem as perguntas: onde estará, naquele lugar remoto e especial, o fazer manual? De ele onde ele vem? Quais texturas e materiais são utilizados?  É belo, exclusivo, criativo, inédito, conta uma história? O seu processo respeita a natureza e o entorno? Quem é o artista ou artesão por trás da peça?
Nessa busca pelo único, aparece o olhar desejoso e atento de quem sempre admirou a cestaria, as mantas, o humano, o alegre e a cor. Certamente, foi minha mãe quem despertou em mim o gosto pelas palhas e trançados - desde as primeiras tribos indígenas que visitamos em Caraíva até as fábricas de teares de Muzambinho, Minas Gerais.
Acrescenta-se também o meu olhar de advogada, interessada em negócios de impacto social, formada recentemente em design de interiores e sempre em busca da melhor textura, da mais linda composição e da história mais verdadeira e fiel.
E assim o projeto da Balangá segue sua trajetória, cresce e enriquece.
Ele é vida! E de que mais precisamos?